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  • Os Livros da Semana: natureza sagrada, ilustração portuguesa e um enquadramento de Boaventura

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    assim, chegamos aos livros e eu trago esta semana um ensaio sobre o modo como
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    e evoluiu a relação entre a cultura humana e a natureza.
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    E as consequências dessa transformação até do ponto de vista ecológico,
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    desde tempos imuriais a humanidade considerou a natureza ou uma entidade sagrada
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    da e o título deste livro "Natureza Sagrada",
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    a autora uma famosa investigadora da história das religiões, cara na Armstrong,
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    que tem aliás uma história pessoal curiosa na juventude
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    foi durante uns anos freira católica, abando no catolicismo,
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    mas não perdeu o interesse pelo fenômeno religioso,
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    tem de resto uma longa bibliografia a esse respeito.
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    Neste livro analisa o modo como a humanidade
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    foi perdendo, progressivamente, o vínculo à natureza,
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    a partir sobretudo da transição do politaíso para o monotaíso.
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    No fundo, os seres humanos deixaram de ver Deus em cada árvore, em cada pedra,
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    em cada riacho, e essa perda do caráter sagrado da natureza
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    explica a Caraná Armstrong, é isso que explica
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    porque é que a luta, a indifesa do meio ambiente,
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    sendo algo hoje superficial e utilitário,
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    está a ter poucos resultados.
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    Um livro fascinante na natureza sagrada, recuperar o nosso vínculo com o mundo natural
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    é o subtítulo de Caraná Armstrong e de São Temas e Isbades.
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    O João Miguel Tavácho propõe uma vez mais ilustração portuguesa.
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    Sim, exatamente. Eu já tinha exido aqui um livro do Antonio Jorge Gonçalves de outra vez.
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    Este chama-se a sua nova obra, sem o Pelor Filmeigl,
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    chamada "Welcome to Paradise",
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    e como se vê, não tem uma única palaverinha,
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    e ao mesmo tempo distanto sobre aquilo que é o Portugal de 2023 e 2022,
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    e não só Portugal, mas sobretudo a Lisboa,
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    porque isto é um retrato de Lisboa turística,
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    portanto são as filas, as trotinetes, os tutuques, as festas, os santos populares, as possições,
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    os artistas de rua, as selfies, e também a senhores de meia-dade,
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    a olhar para turistas boas onas,
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    e é tudo feito com um olhar super, porque espicás,
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    e também com um grande sentido de humor,
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    é um grande retrato daquilo que é a Lisboa turística da atualidade.
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    O Pedro Messia traz um livro múltiplo, digamos, que tem no título uma palavra que caiu um bocadinho,
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    diz-os, "Flourilégio".
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    Sim, "Flourilégio" era, foi um do "Mantologia",
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    e de facto é "Mantologia de Poemas", "Comentados",
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    Poemas de Poetas muito diferentes, "Albert Pimento", "Rambodo",
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    "Remante Carver", "O Bernardinho Ribeiro",
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    "Comentados", sobretudo por acadêmicos,
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    e poetas são univerg news,
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    que maria-secaramentos, "Juananberry",
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    e "Nunamado", que vem de um blog, de um site,
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    que são majores floreis,
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    e que têm esta, são comentários muito curtos,
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    e que têm esta ideia de que não há,
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    a maneira como se, como abordar a poesia,
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    é que não há uma maneira certa de ler,
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    há perguntas que nós fazemos,
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    há hipóteses que nós ponmos,
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    e há um sentido que,
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    não quer definitivo,
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    e portanto são simplesmente pessoas qualificadas a certo,
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    apresentarem a sua leitura de um determinado poema,
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    com a noção de questão a dar um contributo,
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    que é, bom, mesmo tempo, pessoal e provisório.
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    O Ricardo Arroz de Pereira recupera um livro
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    que ganhou esta semana uma nova atualidade.
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    Sim, eu achei que valia a pena releira,
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    nesta semana é um livro que se chama "O Floreverso dos Direitos Humanos",
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    "A Diversidade das Lutas pela Dignidade",
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    organizado por governador Aventura Sosa Sente,
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    e Bruno Cêna-Marco de Inge, precisamente,
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    até se central do livro,
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    é o seguinte, os Direitos Humanos Convencionais,
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    tal como nós nos conhecemos,
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    foram concevidos no norte e no ocidente.
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    E, portanto, essa origem monocultural ocidental,
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    faz com que esses direitos humanos
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    tende sido moldados pelo capitalismo,
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    o neolismo e pelo patriarcado,
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    deixem de fora sufrimento humano e injusto
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    que para este Direito Humanos Convencionais
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    não conta com violação dos direitos Humanos,
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    e só as epistologias do sul,
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    nas cidas das nutras daqueles que têm resistido,
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    as opressões do capitalismo e do patriarcado
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    é que contribuem para uma nova concessão mais justa
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    dos direitos humanos.
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    Para isso, diz o livro.
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    É fundamental ouvir as vozes do sul,
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    e, bem, por exemplo, do Brasil, da Argentina,
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    ouvir todas essas vozes,
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    e manter presidente,
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    que às vezes o discurso de defesa dos direitos humanos
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    coisiste com uma prática de violação dos direitos humanos.
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    Isso é uma alerta que eu também acho importante sobre o linha.
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    Porque há que abolir, diz o livro,
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    a linha avissar, que cria este foso,
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    intransponível à Lenta Norte, e o sul global,
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    e nessa medida este livro acaba perdi a lugar
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    com pensamento contigo,
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    num daqueles grafípticos,
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    que foram escritas na Coreia da Universidade Coímbra,
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    que dizia, a linha avissar passa no teu cu.
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    É assim que se conclui mais uma rinheia humanal,
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    2 ou 8 dias, à mesma hora,
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    ou qualquer hora em podcasts, pedmesias ou migalta-avares,
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    e Ricardo Rauspreira, para a semana, já todos aqui em estúdio.
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    [Música]

     

     

    Transcrições dos episódios do podcast Governo Sombra

    Feitos com uma mistura de Rust, whisper.cpp, e amor.

    Uma estupidez por Duarte O.Carmo

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