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    • Livros da semana: Arrabal, Szymborska, Montesquieu e uma porca

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    Os livros da Semana têm o Patrocínio Renou-Etec.
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    Está na altura dos livros.
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    E atrague a esta Semana um livrinho breve a condizer com a quadra,
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    está na altura das prendas de Natal e dos pedidos de presentes ao Pai Natal ou ao Menin Jesus,
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    com osoante deseste cada um, mas em Espanha as prendas só são dadas no dia dos reis.
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    Por isso, para os españãs, o mais adequado é escrever aos reis magos,
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    é o que faz, o escritor Fernando Arrabal, um ícone das vanguardas do século 20,
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    foi surrealista, cruzou-se com figuras como Antrebra, Tuan, Salvador Daldís,
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    Samuel Beca, Andy Warhol e tem uma mania antiga de escrever cartas públicas,
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    uma mania que aliás lhe valeu a prisão e o isílio por causa de uma famosa carta ao general Franco nos anos 70 do século passado.
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    Arrabal tem atualmente 91 anos e esta carta aos reis magos foi publicada originalmente em 2012,
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    mas mantém-se absolutamente atual ou até absurdamente atual.
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    Evidentemente, sendo o autor quem é uma das figuras de prô,
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    adus chamado de atro do absurdo e, sendo o mundo, é o próprio absurdo, como está a vista de todos,
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    esta carta não poderia fórmular desejos inóculos e bem comportados.
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    Por isso, na lista de pedidos de Arrabal aos reis magos encontramos desejos poéticos,
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    como de uma lata de sol ou, mais prosaicamente, a vontade de receber como prenda um pelo do cu mais limpo do presidente de todas as raúcias.
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    Carta aos reis magos de Fernando Arrabal, edição antíguna.
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    Os João Miguel Tavar sugeram uma prenda de Natal também, mas um pouco mais poeril.
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    Não sei que elas vofam de uma porta, não é? É uma porta que... com qual passei de facto, boas noites, mas fó...
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    Mas fó... é um estrogado.
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    Mas ainda me cima juntamente com os meus vídeos porque este livro...
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    Estou mal tudo isto.
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    Isso ficou isto, mas é verdade.
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    Mas isto é verdade.
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    Só não isto é o Rio de Aguilha, mas não.
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    Tudo o que eu disse é verdade.
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    A história de Olívia.
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    A história de Olívia acompanhar... eu sou como Ricardo, tenho a tradição de ser a lá em casa que ele é os livros,
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    pós mildos e bologos, todos os meus vídeos à noite.
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    E portanto, esta história de Olívia acompanhámos os meus vários filhos desde a mais velha que a Galina,
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    a Rita, e eu vejo muitas vezes cheguei em sujeitos livros infantilhos na televisão que não são particularmente interessantes,
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    nem estilhados, mas este não é o caso.
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    É uma obra fantástica do Ian Falkner que agora foi reeditada.
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    Falkner ainda me cima morreu este ano aos 63 anos no início do este ano.
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    E esta obra que ele deixou é uma obra absolutamente notável.
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    Foi agora reeditada pela Grádiia de Virginia e até com alguns livros em Nádites, como é este.
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    Olívia e o Brinquen quer desaparecer nunca tinha sido da Itaacá e que vale imensa pena.
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    É uma excelente porta que apaga para a passagem da casa.
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    A porta que Olívia pedra-me-se atrás de poesia polaca.
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    Sim, aliás, a Polônia é um dos pés que tem uma poesia mais extraordinária.
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    E a vez de lá, a Chimborzka, que foi Nobel,
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    foi em 23 anos, já me calou há uns anos.
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    E esta atologia, se chamou em concebível à casa,
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    é uma atologia de pêmas mais autobio gráfica,
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    que é uma autora particularmente autobio gráfica,
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    mas joga muito com estas suas coisas, ou seja, com a ideia de que a vida é mais um acaso de que um destino
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    e é bastante inconcebível, isto é bastante absurda.
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    E por cento que não é tudo isto, é a ver de uma forma intrigada em muitas vezes divertida.
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    É uma poesia que pode um pouco baralhar as noções que alguns de nós têm de poesia.
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    Só por isso, poderia apenas.
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    O Ricardo R.E.R.A.E.R.A.S.
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    - Estém incríveis, Carlos. - É um tênico.
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    - Quede, não trouxe. - É que estão em a seguinte.
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    Carlos, sou eu que escolho os acontecimentos iditurias.
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    - São os acontecimentos iditurias, como escolhem a mim. - É, enfim.
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    - Nunca saberemos. É de facto, não tem.
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    - Não é primato, é o segundo voo. - É o segundo voo. É o segundo voo.
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    Está bem, mas é um grande... este é a editora reclama ser, eu acredito.
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    A primeira tradução integral dos ensais de Montenho, para português.
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    O Montenho, basicamente, a gente pode dizer dele que inventou este excelente magnífico,
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    gênero e búrido, que é o ensaio, que inclui pequenos episódios biográficos,
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    que são depois de parteste para outras reflexões.
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    - É um acontecimento hidrugial, Carlos. - Assim se conclui, é reunião semanal antes da consulada,
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    com o acontecimento hidrugial, de hoje, de hoje, de hoje, depois das filhosas e das rebanadas,
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    que a estaremos de novo a mesma hora, para a última reunião do ano, os mesmos de sempre,
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    pedrem-se-se, João Miguel Tavárez e Ricardo Rojo Pereira.
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    [Música]

     

     

    Transcrições dos episódios do podcast Governo Sombra

    Feitos com uma mistura de Rust, whisper.cpp, e amor.

    Uma estupidez por Duarte O.Carmo

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