• lista de episodios - sobre
  • Livros da semana: Arrabal, Szymborska, Montesquieu e uma porca

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    Os livros da Semanata e o Patrocínio rano a tech.
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    Está a altura dos livros e nesta última reunião de 2023.
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    Estendemos aos livros dos votos para 2024.
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    Vamos trazer aqui o desejo de ver traduzidos e publicados em Portugal.
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    Lívoros que nos parecem interessantes e oportunos,
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    comece-se eu com uma sugestão,
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    uma vez que estamos a entrar num longo e intenso período de campanha editorial,
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    com a sugestão de uma obra que seria interessante vermos publicada neste contexto.
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    O clássico já é velhinho,
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    dos anos 20 do século passado,
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    por tanto, com 100 anos, quase,
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    o clássico propaganda do Eduardo Bernes.
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    O livro já teve uma edição portuguesa em tempos,
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    mas já está em disponível há muito.
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    E é valioso, tanto por si só,
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    como pela figura e pela lenda do próprio autor Eduardo Bernes,
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    um sobrinho de Freud,
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    que é hoje reconhecido como pai das chamadas Public Relations,
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    foi ele que rebatizou o termo propaganda mais ou menos há 100 anos,
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    no Maltura em Queb a Lava Propaganda,
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    já começava a ter con notação negativa,
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    criando a designação de consultor de relações públicas.
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    O livro de Bernes é fascinante,
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    mas a história do autor também ela estrou ordinária,
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    foi ele que conseguiu, por exemplo,
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    com um golpe publicitário genial,
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    por as mulheres americanas afumar,
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    num tempo em que isso era muito mal visto,
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    organizou uma manifestação supostamente feminista,
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    com uma multidão de mulheres a descer a quinta avenida em Nova Iorque,
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    desigar na boca,
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    exigirem o direito poderão também fumar.
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    O caso, show a primeira página do New York Times,
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    e só mais tarde, se vê saber que aquela ação de luta
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    play mancipação feminina,
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    foi, afinal, uma ação de propaganda financiada
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    pela associação das empresas tabaqueiras americanas.
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    Vale a pena, hein, de relações ter atenção à propaganda,
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    de Eduardo Bernes,
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    e releir este livro, reencontrar aquilo que podem ser as técnicas
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    para nos fazer ter opiniões às vezes sem sabermos bem por que.
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    E o que é que o João Miguel Taváres quer ver publicado em Portugal no ano que vem?
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    Eu fiz uma pequenal da Gabiça, portou-se dois livros em vez de um,
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    mas eles se casam muito bem com o outro,
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    porque a ambos são sobre o posto,
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    a Segunda Guerra Mundial,
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    a ambos são subjulamentos,
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    mas nenhum deles é subjulamento no Reemberger,
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    portanto, para quem já está enjoado julgamento no Reemberger,
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    que é o mais popular julgamento no posto com o da guerra mundial,
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    tem que ir dois livros excelentes, que sejam os dois em 2020 e igrejas,
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    sobre julgamentos menos conhecidos, mas igualmente importante.
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    Um deles é o julgamento de Tóquio,
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    que julgou os criminosos guerras japoneses no posto com o da guerra mundial,
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    e este é o julgamento do Marcel Petán,
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    que presidiu a França de Vichy durante a Segunda Guerra Mundial,
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    este é escrito pelo Julen Jackson,
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    que é um grande estugue do britânico especialista na história da França contemporânea.
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    Estamos frances on trial.
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    Estamos sendo estudos em julgamento, o caso do Marcel Petán,
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    e este é escrito por Gary J. Bass, que é um professor em Princeton e também jornalista,
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    e chama-se Judgment atoc,
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    portanto, julgamento em toque,
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    e segunda guerra mundial em julgamento,
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    e também a construção da Ásia Moderna.
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    E o Pedro Messia propõe que as um editor interessava em que?
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    Sim, eu até acho que este livro não está ajudado a traduzir,
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    é um livro do Quentin Tarantino,
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    chamado Cinema Speculation,
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    que não há um livro de crítica literária,
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    de crítica perdão, de crítica de cinema,
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    é um livro sobre a sua infância de um espectador,
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    e o juventud de espectador,
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    é um livro socialmente sobre o cinema de anos extenta,
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    e toda a gente sabe que o Tarantino escreve muito bem de áugos.
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    Os textos dele sobre cinema são os critos como quem fala,
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    com as suas digressões e irritações,
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    ou opções a estes histórias de bastidores,
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    histórias alternativas, e é muito uma autobiografia
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    dele enquanto cinema é fome de anos extenta,
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    sobre a contracultura, sobre o cinema Negro, Black Split Action,
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    e sobre uma grande ilogil do cinema violento, que é parte mais.
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    -Polêmica do livro. -E agora a escolha do Ricardo Aújus Pereira,
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    que propõe que chega a Portugal em 2024, Ricardo.
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    -Sim, é um livro sobre o senhor Melvin Caminski,
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    também conhecido como Mel Brooks.
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    É um livro que chama "The Disobedient Jew"
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    do Jeremy Dauber, autor,
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    também já tinha escrito.
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    Outro livro que já agora também recomendo,
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    com a tradução recomendo que se chama "Jewish Comedy",
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    ou seja, comédia, "Judaique",
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    a Síria e a Sístria, e uma história séria.
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    E este livro é uma espécie de hidrofia cultural do Mel Brooks.
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    O título tem a ver com o Mel Brooks muitas vezes assinava cartas,
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    dizendo o seu "Judéu Obviante Mel Brooks".
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    E o título concentra, como o próprio autor dizia em concentra,
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    aquelas feiascidas misturentes, homenagem e agressividade,
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    que pautou a vida e a obra do Mel Brooks,
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    no sentido de que eu esteve muito concentrado,
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    no instrumento humorístico, no recurso humorístico, que é paródia.
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    Onde é essa ideia de homenagem e agressividade convive,
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    porque para perudiar uma coisa, por exemplo, um filme de calvois,
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    é preciso conhecer os filmes de calvois muito bem,
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    o que indica alguma prece pela filmes de calvois,
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    e é que está homenagem, mas depois são paródia e agressividade.
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    Fica, então, a escolha dos livros que esperemos que chegam a Portugal no próximo ano,
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    assim se conclui mais um ano de reuniões de semanais, sempre na sombra,
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    como é próprio de aqueles que querem podem, mas não mandam.
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    E assim vai continuar a ser em 2024, por isso que casteremos de novo,
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    hoje 8 dias, ou seja, já no ano que vem,
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    já depois de termos incurgitados passas,
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    e depois do tradicional brinde, é um próximo ano de novo,
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    boas entradas até pro ano.
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    Vão para a sombra.
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    [Música]

     

     

    Transcrições dos episódios do podcast Governo Sombra

    Feitos com uma mistura de Rust, whisper.cpp, e amor.

    Uma estupidez por Duarte O.Carmo

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