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  • 2268 dias na vida de Ricardo Salgado: estreia do novo podcast da SIC Notícias

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    A primeira vez que percebi que um dia poderia receber em mãos uma cópia da agenda de Ricardo Salgado,
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    foi muito antes de, efectivamente, a ter recebido.
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    Uma voz, porta voz de outras vozes, suprome a possibilidade no encontro breve, na minha cabeça casual,
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    numa noite fria de Inverno.
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    Tenho hoje a clara percepção de que a agenda do banheiro só me chegou às mãos, porque várias vantagens,
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    creio mesmo que várias pessoas se sintamizaram nesse sentido.
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    Não faço a ideia de quem sejam essas pessoas, apenas recordo a voz do porta voz,
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    o rosto desfigurado pelo ferido de Inverno, vazou-me da memória.
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    O objeto, em formato digital, a agenda do banheiro apenas me chegou e pronto.
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    Não veio embalada em nenhum compromisso, em nenhuma troca, em nenhuma sedência da minha parte,
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    chegou-me e pronto.
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    Até poder pagar-la escondia no lugar mesmo para mim, difícilmente alcançável.
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    Pega-lhe, depois de me libertar de outros urgentes,
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    depois do diretor da informação da SIC me dizer que eu poderia fazer e sobretudo,
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    depois de saber que poderia trabalhar em equipa.
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    A agenda não era só a agenda.
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    Ela vinha no topo de um pacote virtual com mais de 3 mil ficheiros,
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    alguns consentem nas de páginas.
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    Estavam ali 2.268 dias da vida do velho banheiro Ricardo Salgado.
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    Mais e miles, relatórios, perecer, rascúnios, apelos,
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    descrições de estados de alma, como este de 9 de agosto de 2014, 5 dias depois da queda do imperio.
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    Na voz de Ricardo Salgado, o ator brunho ferreira.
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    Não sares, por que perdeste?
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    Luta, por que tenho?
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    Não sares, por que teu sofrimento?
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    Luta, plato, a felicidade.
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    Não sares, por quem te aben do não.
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    Luta, por quem está contigo.
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    Jamais poderia apagar em todo aquele pacote de informação tão dispersa, sozinho.
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    Precisava de navegar por tudo aquilo, mas precisava sobretudo de filtrar, verificar, criar um fio condutor.
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    Fizem-lo ainda esmeses. Eu?
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    Vamos ir num dalo, vamos dizer de tudo aquilo que temos.
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    E confrontá-lo com tudo aquilo que temos.
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    Para eu perceber que nós temos muitos passes à frente do aquilo que ele proventura,
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    posso imaginar que tornará quase inevitable a tomada de posição de ele.
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    O Flip Telles?
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    Neste momento, acho que o ser que está feito, mas tardam a ser,
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    alguém vai ter que o parceiro, e se não vai demorar muito.
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    O Mikael Pereira?
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    Fara como ele respondeu nesta fim, mas já foi indicativo do que esteve facando a administração.
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    E alguma coisa de um estranho se passa a relação a quem está por trás da surpresa, porque ele não quis dizer.
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    E o Paulo Barriga?
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    Aqui um tema engraçado que é isto ainda são apenas sinais,
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    que tem que ver com a China, há umas anotações aqui na agenda, uma sequência,
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    em janeiro de 2009, em que o Ricardo Salgado vai almoçar ao Porto Santa Maria.
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    Este é o primeiro episódio da Agenda de Ricardo Salgado, um podcast sobre
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    2268 dias de vida do Velho Bancairo.
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    Eu sou o Pedro Coilh.
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    [Música]
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    Conheci pessoalmente Ricardo Salgado, em 2017, na sequência de uma investigação que fiz sobre a forma como o Banco Portugal
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    desvalorizou os sinais que indiciavam que a final do Bex e o Gés poderiam não ser aquilo que o país julgava que eram.
    [07:31:40 - 07:41:40] |
    [Música]
    [07:41:40 - 07:55:00] |
    O Antigo Bancairo convidou-me para almoçar num dos geos restaurantes de eleição na linha de cascais.
    [07:55:00 - 07:58:20] |
    Não estrangei o convite.
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    Afinal, a investigação expunha as fragilidades do Banco Portugal e o governador Carlos Costa era por esses dias em abril de 2017,
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    um dos primeiros nomes na longa lista de inimigos do Antigo Presidente do Bex.
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    [Música]
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    Cheguei cinco minutos atrásado.
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    Não estava a conseguir encontrar a rua apretada que deveria de me levar ao restaurante.
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    E, Carlos Salgado, devaluizou o atraso e o pedido de desculpas.
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    Por over, azul claro em v, calças cremos, camis azul.
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    Até essa primavera de abril só tinha visto na televisão transbordando o porte e alegância.
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    Só o meu blazer, a cheirar a mofo, estranhou o tom casual do Antigo Bancairo.
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    Estava com alguma fome, mas contive-me no pedido, ou petei como o anfitrião, o Lupé Escreleado.
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    A conversa curta e incisiva não revelou o Ricardo Salgado, sobrano e inalcançável que a televisão não mostrava.
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    O Bancairo, mantiva pós até no primeiro embato público, depois da queda do Bex.
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    [Música]
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    "Sr. Os Estados Unidos, bom dias, vamos reiniciar os nossos trabalhos com mais uma audição.
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    Hoje, na pessoa, doutora Ricardo Espírito Santo Silva Salgado."
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    A 19 de março de 2015, o diado de jornalistas salgado enfrentou as perguntas dos deputados na comissão parlamentar de inquérito ao Bé.
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    Alguns desses deputados tinham sido visita corrente na agenda do Bancairo.
    [11:01:40 - 11:10:00] |
    "Fernando de sua dizia, disse que o pé é pior do que não ter razão.
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    Se eu doutado, eu estou aqui a defender a minha razão. E essa razão espero vila a obter quando for naturalmente julgado nos tribunais."
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    No almoço que tivemos em abril de 2017, o velho Bancairo voltou a manter após, forçou-se muito para não assumir a nova realidade.
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    Nesse almoço primeiro-vril, o Antigo Bancairo era apenas alguém que queria pedir alguma coisa a um jornalista sem parecer que estava a pedir.
    [12:08:20 - 12:26:40] |
    Se Ricardo salgado ainda fosse, o Ricardo salgado dos dias da agenda não sei se eu teria arquivado tão rapidamente no arquivo morto, a informação partilhada.
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    Pois disso, um mês depois, em maio de 2017, recebi novo convite de Ricardo salgado para o mesmo restaurante.
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    Chegai a horas. O amphiterião já lá estava, a conversa com o dono, um velho amigo dos tempos da faculdade.
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    A porta do restaurante, tal como da primeira vez, estavam dois segurança guarda costas do Antigo, presidente do Bé.
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    O ex-Bancairo nunca me perguntou porque a razão não pagara ou sequer se ainda iria pegar na informação que me tinha passado semanas antes no mesmo lugar.
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    A maio do peixe agregado, tão fresco como o do primeiro almoço, o Antigo presidente escutivo do Bé esclareu tão casual como em abril, passou-me mais folhas, espécie de continuação das antílores.
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    Posso ter avaliado mal, mas nada daquilo me pareceu relevante. Não voltei a encontrar o velho bancairo, tem saudades, do peixe agregado.
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    Ah, é muito tranquilo. Vamos comparir os nossos deveres se idademos porqueles.
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    São 8h10 da manhã do dia 4 de outubro de 2015. Ricardo salgado e a mulher Maria João cheguem às colas,
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    com um da área de cascais acompanhados de uma escolta policial. O ex-Presidente escutivo do Bé estava a imprisão do migiliaria há dois meses e meio, desde 24 de julho.
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    O juíste e tolar do mega-processo judicial do universo Espírito Santo se dio pela primeira e única vez em toda esta saga robar a liberdade ao velho bancairo.
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    Tenha paciência, não vou fazer comentários, vou apenas votar com a menina de guerra, tá vai?
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    Nos 10 meses que durou esta investigação, tendo o revisitar do desenas de horas de imagens, de arquivo, estas, foram as únicas em que viu velho bancairo, a sair do trilho da elegância e altivés de escreta que sempre procureia.
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    São 20 minutos de absoluto de conforto que não é Ricardo salgado, consegue disfarçar.
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    É a imagem da mulher Maria João que mais impressiona. Olhos em trance está tua e imperfecta. Quando finalmente entram no pequeno fio salgado, senta-se no lugar do passageiro, perderá literalmente o comando.
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    A mulher fecha a porta do condutor e lança um suspiro que de tão profundo parece ouvir-se nas imagens.
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    O frágil casal regressa, ainda mais frágil, ao é crã, a 28 de setembro de 2023.
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    E Carlos Solgado foi a cuimbra ao Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses realizar uma parísia neurológica.
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    Do carro, sempre amparado pela mulher, saiu um velho titubiante a arrastar os pés, a arrastar a alma.
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    Maria João segurava o braço do marido com firmeza e ela, que sentirá pressão negativa das câmeras em 2015, no dia da Ida Azurnas, olhávas agora de frente, como se lhes sucular-se.
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    Já não vos tem-me.
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    O casal salgado por correr os 200 metros entre o carro e a entrada do Instituto em silêncio e muito lentamente ao ritmo de um homem amplamente distanciado do contexto.
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    Naquela imagem conseguimos ver a palavra "fim".
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    Esta investigação não é sobre o homem ante cadência que, depois, amente aos Institutos de Medicina Legal de Coimbra e Lisboa.
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    A agenda de Ricardo Solgado é uma espécie de manual de influência política.
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    Os alicerces da história são construídos ainda na década de 80, quando Mario Soares convidá famílias Pirido do Santo a regressar a Portugal.
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    Em 1986, os Espíritos do Santo criam um pequeno banco, o Banco Internacional de Credito.
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    Por ti já nem saí as mais do oficina, mas agora ao outro carro na minha vida, mais novo, mais bonito, mas nem penso que vou deixar-me-nos de tozes, é nunca infiel.
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    Adeus, e por viagem!
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    Faça um crédito individual, beijo, tudo que você quer, você tem no Banco Espírito do Santo.
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    Em 1991, sou beijida de Cavaco Silva e depois da alteração legislativa que permitas reprovatizações, a família, recompração ou posição, o Banco Nacionalizado em 1975.
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    Ricardo Solgado assume o comando do beijo.
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    Ainda bem para nós, o maior meorre é que termos passado, mais um centenário, um centenário, e estava de setembro de 9 milênios.
    [21:00:00 - 21:20:00] |
    Em janeiro de 2000, no dia em que o B.S. e o B.P.I. anunciam que irão fundir-se Ricardo Solgado, porcha dos galões de velho bancário e racoa as fundações do império.
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    Foi em 1869, José Maria Escrição de Silva iniciou a sua atividade, iniciou a sua atividade na calçada do Cobra e em 1880.
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    Foi na rua do Comércio, que se estava de seu aqui, foi a base e o início da todo o Banco Espírito do Santo, por isso, 120 anos, cristal anunciados.
    [22:06:40 - 22:16:40] |
    Em 1975 tivemos que reconheçar do zero a nossa atividade.
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    E quando digo, reconheçar do zero foi efetivamente assim mesmo, ser algumas dúvidas em da poção sub-espeiro.
    [22:33:20 - 23:06:40] |
    E só conseguimos reiniciar a nossa atividade e reconstruir o grupo com base no Espírito de aberto, de partilha, de parcerias e com base fundamental da confiança que o nome Espírito do Santo impunha e impõe.
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    Mesmo que não houvesse no país muita curagem para confrontar, ricar do salgado, alguns quase em silêncio e um avisante que o bancário não estaria disposto a perder o controle do império, situação que cabaria para acontecer, se o bésse e o BPI de facto se fundize sem.
    [23:33:20 - 24:20:00] |
    Não posso deixar aqui nesta oportunidade de fazer uma referência a alguns julgamentos, que considerem justos, que no fundo transmitem a ideia de que a família Espírito do Santo tinha uma tendência para manter o pontrô do Banco Espírito do Santo e que não estava a perder de parcerias.
    [24:20:00 - 25:06:40] |
    Tenho razão os poucos criticos que avisavam que o desejo de união era final em bote. No final de março de 2000, menos de três meses depois do anúncio da fusão, Ricardo salgado não aceitou que a marca da família perdeu-se valor, perder o controle total e absoluto do império como, inevitablemente, a cabaria para acontecer se a fusão tivesse avançado, nunca esteve nos planos do bancário.
    [25:06:40 - 25:15:00] |
    A fusão com o BPI, o fluiu a 29 de março de 2000.
    [25:15:00 - 25:25:00] |
    A longo dos anos, Ricardo salgado nunca deu alheir sinais de querer perder o controle.
    [25:25:00 - 25:53:20] |
    Em 2011, no meio do franzinho da tróica e da capitalização da banca, o bancoiro sentiu-se obrigado a procurar parceiros que, sem que a família saísse dos comandos, ajudassem o Espírito do Santo a suportar o fardo da crise nacional.
    [25:53:20 - 26:13:20] |
    A 11 de setembro de 2011, salgado escreve na agenda que tinha encontrado um alvo no Brasil, uma família igualmente centenária e herdeira dos mesmos valores.
    [26:13:20 - 26:55:00] |
    Dive-me-me-bou a conversa com a Georgia, a família vai dan burgo para o Brasil há mais de 100 anos, é um grupo extremamente familiar, que faz investimentos de especificados, trabalham com um conjunto muito limitado de bancos, vão discutir entre eles a possibilidade de nos associar-nos e depois falaram conosco.
    [26:55:00 - 27:33:20] |
    Diceles que temos o mesmo espírito de equipa a mesma ideia de meritocracia, convideios para investir em 500 milhões de euros, no capital da nossa oolde, em que financeira, diceles que tinham sido os primais que convidamos para um títio de um lugar na administração.
    [27:33:20 - 27:56:40] |
    A promessa, o pedido, a cunha, uma mão que leva a outra que traz. A dezenas de notas destas na agenda do bancário, falaremos sobre elas nos próximos episódios.
    [27:56:40 - 28:06:40] |
    A 6 de dezembro de 2012, Ricardo Solgado faz um pedido à secretária.
    [28:06:40 - 28:20:00] |
    13. Em comente uma esgarrafas de barca velha e de pera manca, profissero a gararde de roda.
    [28:20:00 - 28:35:00] |
    O antigo, sencela de alemão, era a época consultor do banco Rothschild, Europa, um banco com quem o beijo mantinha lazos, de grande proximidade.
    [28:35:00 - 28:50:00] |
    Uma garrafa de barca velha custa no mínimo, 750 euros. O pera manca não chegará aos 500 euros.
    [28:50:00 - 29:05:00] |
    A nota não refere quantas garrafas foram enviadas, mas ficamos a saber quem encomenda seguir o viagem a dezenas de dezembro de 2012.
    [29:05:00 - 29:10:00] |
    Uma mão que leva a outra que traz.
    [29:10:00 - 29:35:00] |
    Ricardo Solgado estava especialmente interessado num discurso que Schroeder tinha acabado de escrever e que o bancairo fez questão de enviar Jean-Batiste de Verri.
    [29:35:00 - 29:50:00] |
    O vice-presidente não escutivo da comissão federal dos bancos suíces e, igualmente, um avançado da família Espírito do Santo.
    [29:50:00 - 30:05:00] |
    Entre outubro de 2008 e dezembro de 2014 passaram 2268 dias.
    [30:05:00 - 30:15:00] |
    Na agenda de Ricardo Solgado, este tempo revela-nos três momentos distintos.
    [30:15:00 - 30:36:40] |
    O primeiro, entre 2008 e 2009, em que Ricardo Solgado trabalhou na construção do sonho de partilhar com os cinco ramos da família, o controle do grupo Espírito do Santo e do banco.
    [30:36:40 - 31:00:00] |
    Nesse primeiro momento, o velho bancairo amparado pelo menos pela complicidade da família e por altos quadros do banco e do grupo ocultou de vida em produtos financeiros que rapidamente se revelaria ontóxicos.
    [31:00:00 - 31:11:40] |
    O buraco começou exatamente aí, no dia em que a Megalamania tomou conta das gestão do Império.
    [31:11:40 - 31:30:00] |
    A agenda de Ricardo Solgado espõe-nos ainda um segundo momento, depois de 2009 e até três de agosto de 2014, quando tudo ruio.
    [31:30:00 - 31:45:00] |
    Tempos de alvoroso, de muitas conversas, melhores de pedidos aos influentes do regime, jogos do gato e do rato, com o banco Portugal e CMVM,
    [31:45:00 - 32:10:00] |
    criação de offshore, ocultação do dívida, convertida em obrigações, disfarçadas de depósito de separado, vendidas aos balcões do banco, os dias da tróica do Dubai, de Angola, da Líbia, da Venezuela.
    [32:10:00 - 32:28:20] |
    Os dias em que Ricardo Solgado se humilhou, para antus pares, portugueses e estrangeiros, podindo-lhes empréstimos para salvar o grupo e o banco, os dias do fim.
    [32:28:20 - 32:50:00] |
    O terceiro e último momento, documentado nesta agenda, começa a três de agosto de 2014.
    [32:50:00 - 33:05:00] |
    O Congreda-me de Sação do Banco Portugal e o Vão de Estes Emcessees, aplicar ao Banco Espírito de Santa S.A. uma medida de resolução.
    [33:05:00 - 33:35:00] |
    A generalidade da atividade do patrimônio do Banco Espírito de Santa S.A. é taisfrida para um banco novo, denominado de novo banco, devidamente capitalizado e expurgado da ativos problemáticos.
    [33:35:00 - 33:51:40] |
    Este terceiro momento, terminado dezenove de dezembro desse ano, o último dia do longo relato, que accedemos deste cotidiano atribulado do bancário do regime.
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    Depois da queda do Império, os dias tornaram-se mais longos, as conversas com os influentes deixam de percorrer as páginas manoscritas do Livrinho da Amar.
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    Por esses dias, salgado volta-se para dentro e vai acumulando desababro.
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    Não sares, pluco-perdeste, luta-pluco-teins, o bem mais valioso é a honra, portanto, com os que estão comigo, continuerei a lutar.
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    Lutarai com os que estão comigo, plubei mais valioso que é a honra e a dignidade.
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    A 30 de julho de 2014, 4 dias antes de adorocada, quando já nada poderia segurar o banco e o grupo, o antigo bancário começa a construir a narrativa da sua defesa.
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    O vimos a voz de salgado a partir da nota que escreve nesse dia na agenda.
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    Só colocamos papel comercial dos ex, para acreditarmos que o grupo era solventa. O que afeto os ex foi uma sucessão de facto negativos que fizeram perder a confiança.
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    A 11 de setembro de 2014, há uma reunião de emergência no escritório de Provença de Carvalho, o advogado do recargo salgado.
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    Uma busca da polícia judiciária, no âmbito das investigações do mega processo bés, tinha apanhado a agenda do bancário.
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    A mesma agenda que agora desfolhamos nestes 6 episódios.
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    Percebe sopanico do bancário nos dias seguintes. Provença de Carvalho fez o que pode para recuperar tão relevante do comendo.
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    O laboratório do Polícia Scientifica da Polícia Judiciária levou anos a desencreepitar a calligraphia irregular do bancário a recuperar materiais relevantes que tinham sido apagadas a perceber quem eram afinal as pessoas que salgado e anumiam-do e convocando.
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    O presidente escutivo do bés nunca escrevi aos mesmos nomes da mesma forma sobretudo os estrangeiros. Isso dificultou o trabalho dos investigadores mas tornou igualmente mais complexo o nosso trabalho.
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    A 16 de dezembro de 2014, salgado assim não o recrimento a solicitar a devolução das agendas apriendidas.
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    Em todos esses anos, o bancário nunca é escondido recuperar. Pouco depois do banco cair, um rumor ganha contornos de informação pública.
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    O país vai sabendo aos bossechos que, recar de salgado, estariais crever uma autobiografia.
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    Estariais crevê-la a mão no hotel, esturil, onde se refugiara depois de abandonar o gabinete que tinha nover.
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    A 27 de novembro de 2011, o antigo bancário tinha escrito mais uma das suas notas elípticas. Este com oito pontos, aparentemente desligados os dos outros.
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    Tentando discutificar apenas o essencial, a isso que, em discurso direto, resulta dessa mancha de texto.
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    Informar Daniel Puensa de Carvalho e Rita Barosa que vou publicar o livro no dia seguinte.
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    O possível livro de recar de salgado que o próprio e vestariais crever na paciência da vingança pode ter assustado muitas pessoas, certamente que as assustou.
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    Até hoje, esse objeto misterioso nunca despontou.
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    Certamente que agora, na agonia da demência, não mais despontará.
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    No próximo episódio, vamos apresentar-las grandes figuras da República que mais visitaram o bancário do regime entre outubro de 2018 e dezembro de 2014.
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    Eu sou o Pedro Coelho e este é o Podcast da Agenda de Recar de Salgado, 2268 dias de vida do velho bancário.
    [41:00:00 - 41:16:40] |
    Este episódio contou com a colobração dos nalistas flip-tales, Mikael Prera e Paulo Barriga, e teve o apoio à produção de Anadrian Mota.
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    A sónoplastia de João Martins apoio à edição de Salma e Rita, o som das entrevistas foi captado por João Venda.
    [41:30:00 - 41:41:40] |
    A preedição é do Andréis Guterres e na voz de recar de salgado temos o ator Bruno Ferreira.
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    A Agenda é também uma grande reportagem televisiva com produção de dinamatias que pode ser vista na plataforma da streaming op.cic.pt, concordanação de Jorge Araújo e Direção de recar de Costa.
    [42:05:00 - 42:21:40] |
    [Música]
    [42:21:40 - 42:38:20] |
    [Música]
    [42:38:20 - 42:55:00] |
    [Música]

     

     

    Transcrições dos episódios do podcast Governo Sombra

    Feitos com uma mistura de Rust, whisper.cpp, e amor.

    Uma estupidez por Duarte O.Carmo

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