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  • A agenda do banqueiro do regime: um manual de influência política. Oiça aqui o 2º episódio do podcast A Agenda de Ricardo Salgado

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    A agenda de Ricardo Solgado não pode ser considerada um objeto pessoal.
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    Não é um diário de intimidade que o banheiro ia escrevendo nas quebras da pesada rotina.
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    Não.
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    A agenda profissional de Ricardo Solgado é o retrato hiperrealista de um país que tarde
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    liga-se de homens providenciais.
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    Ao seu jeito, Ricardo Solgado era na cabeça dos que aspiravam a ter poder e a conservá-lo
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    um homem providencial, que abria e fechava as portas do poderoso reino da influência
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    aos expostos a servir, ambicionando os sensforços gigante, elevarem-se social ou politicamente.
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    Ele era um prince de salão e ter esse poder que era saboriado porque eu acho que gostaria
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    de ser um bocadinha do lado, mas numa elite social, não no povo.
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    Não, nesse salão, nos salões, eu acho que era para isso que ele gostava de usar o poder.
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    O economista e professor universitário João Duque, sem ter sido íntimo, frequentou os salões
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    de influência de Ricardo Solgado.
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    No os 3.5 ficheros, a que acedemos, estão seis agendas, seis anos e três meses de Ricardo
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    Solgado, 2.268 dias, da vida profissional do velho banheiro entre dois de lotubro de 2008
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    e dezenove de dezembro de 2014.
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    A cópia facimilada de todos esses dias é um objeto único.
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    Sem conhecimentos de grafologia, estamos impedidos de auto-talho a valiar os tados de álama
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    do banheiro a partir da escrita.
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    Na isso, nos serve de morte, mas a letra por estar no centro desta investigação deve ser
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    descrita.
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    Desenhada a caneta de aparo, a caligrafia de salgado nos diversos cadernos clássicos da
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    ámbar, é um soberano desafio, quase sempre irregular e imprecisa, muitas vezes até indecifravel
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    ou confusa, a escrita do banheiro do regime tem dias muito razorados e momentos amplificados
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    com setas e balões que ao mesmo tempo coligam algumas pessoas a outras fazem sobre saíres
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    eografias entidades, cargos, relações de amizade ou familiar.
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    Nos dias que antes e para um oufim e nos restantes que se seguiram ao fim, é provável que o
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    banheiro tivesse tido cuidado de apagar algumas das notas mais comprometidoras, muito do
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    que foi apagado, foi no entanto recuperado.
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    O laboratório de Polícia Scientifica da Polícia Judiciária, que ficou com a missão de ler
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    e transcrever a agenda de recardo salgado, também se entregou a missão de recuperar muito
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    do que tinha sido apagado.
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    Mas nesse precioso labor, a Pejota recuperou encontros e reuniões que o banheiro apagou
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    por efetivamente não terem acontecido, a mensagens ressuscitadas que indiciam o desejo
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    de influência que serve destímo-lo a tudo aquilo que o banheiro escreveu na agenda.
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    O laboratório de salgado nunca trapei em sado que aquele objeto só dele algum dia pudesse
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    ser elevado.
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    A 11 de setembro de 2014, um mês e oito dias depois da queda do império, Picardo de
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    Salgado escreve na agenda.
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    Na voz de Picardo de Salgado, o ator Bruno Ferreira.
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    Reunil com advogados, busca o voar agenda de 2014.
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    Dois meses e meio depois, a 27 de novembro de 2014, a busca 38, a mais produtiva de todas
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    as búscas da Polícia Judiciária na investigação do Caso Bés, leva as agendas de 2011, 2012 e 2013.
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    Nos documents aqui accedemos a um requerimento dos advogados do banheiro, datado de 16 de
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    dezembro de 2014, a requer a devolução das agendas.
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    A preocupação só se percebe quando começamos a folhar virtualmente os velhos cadernos da
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    Ambar.
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    Os nomes com naquelas páginas de filão até podiam ser aqueles que todos imaginaríamos
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    que lá estivessem.
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    Bom, nem todos, como detalharemos nos próximos episódios.
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    É no entanto o contexto em que esses nomes surgem que acicata a curiosidade jornalística
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    e produtos esta investigação.
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    Este é o segundo episódio da agenda de Ricardo Salgado, um podcast sobre 2268 de vida
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    do velho banheiro.
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    Eu sou o Pedro Coilho.
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    Ricardo Salgado era amigo de alguns dos poderosos da República que desfila na agenda do banheiro,
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    mas a maior parte dos que alcançam o estatuto para ocuparem pedaços dos longos e intensos
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    dias do presidente e escutivo do velho serão relações de circunstância, mesmo que algumas
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    circunstâncias se tenham prolongado muito no tempo.
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    Eu conheci o porque atrô na altura da minha vida o fíjice também a deficacia e nos
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    retórios ele gostava havia uma questão que envolvia também o velho.
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    Em 2013, nos dias que antes dêram a primeira conversa entre Fernando no grau e Ricardo Salgado,
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    no grau era deputado do PSD, o partido que liderava o governo da coluícação com o CDS.
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    E, portanto, o avundia em que um dos advogados do escritório não sabia alguma chamada em que
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    o doutor Ricardo Salgado dizia que eu com o aprova com o escritório e dizia que tinha
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    um interesse em conversar comigo.
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    Se meu colega ligou, eu disse que se tinha, por sotésio, que falaria com eu, a qualidade de
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    portado e mesmo com o homem, com o procurso que tenha, tem todo o interesse, tem a conversar com
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    eu para saber o que se passava.
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    O deputado do PSD Fernando no grau tinha sido juiz e diretor nacional da Polícia Judiciária.
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    Mas nós temos que contextualizar isso, nós estamos a falar da Alganha, que era muito
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    respeitado no Cidade de Puguesa, da Alganha que era visto como o grande banheiro nacional.
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    Até este homem que tinha sido ministro diretor nacional da Pejota, juiz se deslumbrou com a
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    ascensão ao gabinete do Mario Lutista da República.
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    Portanto, naturalmente, quando eu, quando me disse "eralho", que ele queria falar comigo,
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    eu realmente fiquei do mirado e em segundo lugar, pensei por mim, vamos!
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    Era uma obra como experiência destra, era ser com a sotação interessante.
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    Devíamos ali duas a três datas, eu pedi indicar, o secretário da autorracada de ter escolhido
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    uma delas e eu fui lá.
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    Isso é em 2013.
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    Não propriamente.
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    No Brasil, o banheiro não é em precisão insistir.
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    O deputado foi uma e outra e outra vez.
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    O deputado confirmou nos quatro reuniões e o antofonema, tudo entre 2013 e 2014, os anos
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    mais torre e dos do banheiro.
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    Os meses, em que se começam a perceber que os alicerces dos Espíritos Santo poderiam
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    afinal ser debajo.
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    Sem que vacilasse na simpatia, frenando no grão e aficando nervoso, há medida que a conversa
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    se alongava.
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    O deputado tinha apontadas numa pequenina folha de papel, todas as vezes, que estiver a consulgada.
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    Of toda via uma parcela da história que negra o não tinha escrita e em menos de dez
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    minutos o deputado, baralhoso.
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    E, portanto, o avundia em que um dos advogados dos escritores não se veu uma chamada em que
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    o doutor de caçalga dizia, sabia que o que uma prova com o escritório e dizia que tinha
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    interesse em conversar comigo.
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    A entrevista durava há 7 minutos.
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    8 minutos depois, a razão que justifica a primeira visita, muda de profissão.
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    Na grão tinha sido juiz, diretor nacional da Polícia Judiciária, tinha sido ministro, era
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    deputado.
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    Qualquer uma destas quatro razões seria valida para ascender ao último piso.
    [18:55:06 - 19:03:50] |
    Nunca sentiu que nessas quatro conversas que tiveram, tenhava vido da parte do doutor Ricardo
    [19:03:50 - 19:12:10] |
    Solgado, uma tentativa de pedir um qualquer favor para chegar mais rapidamente à influência
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    política.
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    Uma vez que o PSD o seu partido estava no poder na altura?
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    Em primeiro lugar eu não tinha poder para influenciar, de fazer o pé e for.
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    E em segundo lugar eu senti que se podia acontecer depois de um ter feito a pergunta sobre
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    a liberalidade.
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    Ricardo Solgado tinha recebido uma oferta de 14 milhões de euros do construtor civil e
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    amigo José Guillermo.
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    O bancae vos esqueceu de declarar a verba na declaração de IER-S de 2012.
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    Quando deu conta do lapso, Solgado alterou a declaração, mas arranjou a forma de sua
    [20:22:58 - 20:30:58] |
    visar a carga fiscal, associada, a tão imponente presente.
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    Chamou-lhe uma liberalidade.
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    Fejou uma pergunta.
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    Se eu concordava que queilhar uma liberalidade não fez de som ou pergunta, não é?
    [20:46:42 - 20:51:58] |
    Eu derrei minha opinião, minha opinião, minha opinião, a opinião, depois passamos a
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    frente.
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    E o sotor achava que era uma liberalidade?
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    Eu achava que não era, mano.
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    E disse isso.
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    E disse isso.
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    E ele como a que reagiu à sua observação?
    [21:05:18 - 21:16:42] |
    Depois disso, no lo do direito, as coisas são nunca são nem pretas nem briga.
    [21:16:42 - 21:27:50] |
    Fernando Negrao tinha sido juiz e para um juiz certamente que convém que as coisas sejam
    [21:27:50 - 21:44:30] |
    o realmente.
    [21:44:30 - 21:56:02] |
    Portado, Fernando Negrao, é um dos 156 políticos que estão na agenda de Ricardo Solgado.
    [21:56:02 - 22:07:34] |
    Esse imenso pacote de nomes é nomeado Plobancaro, 950 e 57 vezes.
    [22:07:34 - 22:25:54] |
    A gente de todos os quadrantes políticos, dos 156, 54 são do PSD, 36 do PS, 13 do CDS e 3 do
    [22:25:54 - 22:38:22] |
    PCP. Os 3 do PCP são autarcas de municípios comunistas que tinham parcerias com o BR.
    [22:38:22 - 22:49:06] |
    Os 54 socialdemocratas são nomeados 300 e 14 vezes.
    [22:49:06 - 22:57:18] |
    Os 36 socialistas aparecem em 20 e 76.
    [22:57:18 - 23:04:10] |
    E os 13 semtristas 45 vezes.
    [23:04:10 - 23:14:14] |
    Os partidos do arco da governação assentaram a encura no gabinete do presidente do BR.
    [23:14:14 - 23:23:42] |
    "Ser banqueiro em Portugal dá um poder extraordinário.
    [23:23:42 - 23:36:42] |
    Se as pessoas usarem a se poder para influenciar aqui ali a qual há intermonistro."
    [23:36:42 - 23:43:50] |
    João Duque aparece 10 vezes na agenda de Ricardo Solgado.
    [23:43:50 - 23:51:46] |
    O economista e professor universitário confirma todas as nomeações.
    [23:51:46 - 24:01:54] |
    O banqueiro permitiu que 28 altos quadros do BR e 2S passei nomeados homenistros ou secretários
    [24:01:54 - 24:14:18] |
    de Estado dos governos de Cavapselva, António e Goterre, Durão Barroso, Pedro Santana-López,
    [24:14:18 - 24:18:34] |
    José Socrates e Pedro Pássico.
    [24:18:34 - 24:31:22] |
    "O compreendo que é muito difícil na altura dizer-o que não é um poder que se vai alimentar
    [24:31:22 - 24:41:46] |
    e vai crescendo e vai dando uma cada vez mais poder."
    [24:41:46 - 24:52:58] |
    Na lista dos 156 políticos da agenda de Ricardo Solgado há 124 referências a primas
    [24:52:58 - 25:05:38] |
    monestros, 102 amenistros das finanças, 42 amenistros dos negócios trajados.
    [25:05:38 - 25:17:06] |
    Também lá está, como detalharemos no próximo episódio, 48 vezes um presidente da Comissão
    [25:17:06 - 25:18:46] |
    Europeia.
    [25:18:46 - 25:28:10] |
    E o topo da hierarquia nacional está representado com 39 referências.
    [25:28:10 - 25:41:30] |
    Cavapselva, presidente da República durante os 22.068 dias da agenda, é nomeado 15 vezes.
    [25:41:30 - 25:50:30] |
    O amigo Marcelo Robel de Sosa, suçor de anibal Cavapselva, tem 13 presências.
    [25:50:30 - 25:58:22] |
    "É muito raro ter cortes relações com amigos.
    [25:58:22 - 26:08:46] |
    São os mesmos amigos, há 50, 40, 30, 20 e tal ao caso do Ricardo Solgado, há 15,
    [26:08:46 - 26:10:26] |
    há 18.
    [26:10:26 - 26:15:58] |
    E, portanto, continuo amigo."
    [26:15:58 - 26:27:38] |
    Na entrevista que deu a Cica 7 de dezembro de 2015, 5 dias antes de fazer 67 anos, o candidato
    [26:27:38 - 26:36:54] |
    à presidência da República Marcelo Robel de Sosa, no omitio, há amizade com o novo
    [26:36:54 - 26:42:38] |
    proscrito da nação, Ricardo Solgado.
    [26:42:38 - 26:52:58] |
    Não ao omitio, mas também se da pessoa a erguer um muro bem alto, a separá-lo do ex-bancar.
    [26:52:58 - 26:56:22] |
    "Uma coisa é certa, é que é amigo.
    [26:56:22 - 27:02:18] |
    O meu amigo, como dizia já, o latino, mas mais amigo dá para dar."
    [27:02:18 - 27:11:46] |
    Depois, Marcelo diz aquela frase, "Aquem nenhum político resiste quando se quer
    [27:11:46 - 27:15:14] |
    livrar de um peso.
    [27:15:14 - 27:24:50] |
    A ansia de separar as águas é tanta, que responde ao que nem se quer e perguntam."
    [27:24:50 - 27:32:06] |
    "A amizade não tem nada a ver, nem deve ter nada a ver com dependência.
    [27:32:06 - 27:39:18] |
    Eu nunca trabalho aí para cá salgar, nem pouco, o expiritanto, não é um parceiro, nem
    [27:39:18 - 27:43:38] |
    um estúdio, nem isto, nem aquele, é boca.
    [27:43:38 - 27:46:58] |
    Nada, é nAdea."
    [27:46:58 - 28:06:34] |
    Assim mesmo, o Létra atribui ao que descobrimos na pilha de documentos que recebemos um significado
    [28:06:34 - 28:08:14] |
    ainda maior.
    [28:08:14 - 28:20:02] |
    No meio do lote, lá estavam um parceiro do constitucionalista Marcelo Rebeleçosa feito para a
    [28:20:02 - 28:34:06] |
    ascendir, empresa do Géz, pedido pela administração do Béz por sugestão de Ricardo Solgado.
    [28:34:06 - 28:46:54] |
    Em junho de 2023, enviamos um email à assessoria de imprensa da presidência da República.
    [28:46:54 - 28:55:26] |
    Um quarto de hora depois, o próprio Marcelo Rebeleçosa ligou-me.
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    "Tem a ideia que isso foi pedido pela ascendir e a ascendir não era próprio entre os
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    Géz.
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    Justificou-se o presidente.
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    De facto, a maioria do capital da concessionária das autostradas não era do Géz, que apenas
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    controlava 40% do capital da empresa.
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    O problema é que no meio da nossa papelada também lá estavam um email onde se lia que o pedido
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    de parecer tinha tido origem no próprio Ricardo Solgado.
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    O administrador do Béz, que formalizou o pedido ao constitucionalista, enviou uma carta a
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    salgado a dizer que o pedido Marcelo tinha seguido nos termos em que ambos tinham combinado.
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    O Rochilevaira, o tal administrador que fez a ponte, usou a influência da administradora
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    não-escutiva do banco Rita Amaral Cabral para chegar mais rapidamente ao professor
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    do Direito.
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    Rita Amaral Cabral era a época, companhiaira de Marcelo Rebeleçosa.
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    A ascenditinha seis contratos de concession com o Estado.
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    E Ricardo Solgado reciava que o Estado, em tempos de troica e de muita contensão, alterasse
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    as condições dos ditos contratos.
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    E o parceiro do homem que nunca tinha feito qualquer parceiro para os gestos não tratos
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    cansados solgados.
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    Afinal, em períodos excessionais como aquilo que o país estava a viver havia margem legal
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    para alterar este tipo de contratos.
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    Alertava Marcelo no parceiro.
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    No verão de 2023, durante as cortíssimas férias no Algarvo, onde esteve sempre rodeado
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    de humanistas, o presidente não esqueceu o assunto, voltou a ligarnos.
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    Marcelo Rebeleçosa acordava que a Antiga Secretária enviasse toda a documentação sobre
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    o parceiro da ascenditia.
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    No final do verão, em setembro, quando o país político já tinha todo regressado de férias,
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    o presidente envia-nos por escrito a resposta quase final.
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    Como o parceiro reconhecia os poderes do Estado e o seu espaço de manobra, em termos que
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    não eram propícios aos privados, não teve sequência.
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    Estou a confirmar e logo lhe dirais se, como era meu uso nessas circunstências, eu
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    que abei por não apresentar conta nem ser pago, vidro ao teor do parceiro, aliás, preliminar
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    e cortíssimo.
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    Mas muito relevante para a agenda de Ricardo Salgado e do Géer.
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    No último contato telefónico, Marcelo Rebeleçosa esclareceu-nos nunca ter sido pago.
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    No próximo episódio, vamos visitar as nomeações na agenda de dois grandes amigos de Ricardo
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    Salgado, um deles, Eduardo Catroga, amigo desde os tempos da Faculdade.
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    O outro, José Manuel Durão Barroso, o mais graduado dos amigos do Bancairo do Regime.
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    Eu sou o Pedro Coelho e este é o podcast da agenda de Ricardo Salgado, 2268 de vida do
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    velho Bancairo.
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    No último episódio, contou com a colobração dos nalistas flip-tells, Mikael Pereira
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    e Paulo Barriga, e teve o apoio à produção de Anadrian Mota.
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    A sónoplastia de João Martins apoio à edição de Salmer Rita, o som das entrevistas foi
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    captado por João Venda.
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    A pre edição é do Andréis Guterres e na voz de Ricardo Salgado, temos o ator Bruno Ferreira.
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    A agenda é também uma grande reportagem televisiva com produção de DNA Matias que pode
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    ser vista na plataforma de streaming op.cic.pt, concordnação de Jorge Araújo e direção de
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    Ricardo Costa.
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    [Música]
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    [Música]
    [36:16:38 - 36:33:18] |
    [Música]

     

     

    Transcrições dos episódios do podcast Governo Sombra

    Feitos com uma mistura de Rust, whisper.cpp, e amor.

    Uma estupidez por Duarte O.Carmo

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